Exposição “Amazi: os olhos da travessia” promove diálogo poético e sensorial entre Salvador e Luanda

A exposição “Amazi: os olhos da travessia” convida o público a um mergulho poético, imagético e sensorial nas memórias transatlânticas que conectam os territórios de Salvador (Brasil) e Luanda (Angola). Inspirada na palavra “Amazi”, usada em terreiros de candomblé da nação Congo-Angola e que significa “água”, a mostra propõe um diálogo entre ancestralidade, corpo e história, celebrando a força da oralidade e da resistência da diáspora africana.
A mostra reúne registros fotográficos, poéticos e videográficos produzidos durante oito dias de trabalho intenso, que revelam o cotidiano como rito e o corpo como performance. As imagens captam momentos em feiras, rituais, encontros e escutas, construindo uma narrativa que atravessa o tempo e o espaço, trazendo à tona as marcas, dores e resistências herdadas de uma ancestralidade viva.
O projeto dialoga diretamente com o conceito de *corpo-documento* de Beatriz Nascimento — corpos que carregam saberes, gestos e memórias da diáspora — e com a ideia das espirais de tempo e espaço da antropóloga Leda Maria Martins, reforçando a travessia como movimento essencial e permanente.
Serviço:
Local: Centro de Cultura Vereador Manuel Querino
Endereço: Praça Thomé de Souza, s/n – Centro, Salvador
Datas e horários:
5 de junho, das 14h às 18h (visitação)
6 de junho, das 9h às 17h (visitação)
6 de junho, das 17h às 18h (bate-papo com a idealizadora e integrantes do projeto)