Giovani Cidreira, Fatel e mais: Teatro Gamboa tem semana com grandes nomes da música contemporânea da Bahia

Nesta quinta-feira (20), às 17h e às 19h, dois nomes marcantes do cenário da música independente da Bahia assumem uma programação. Giovani Cidreira e Fatel são dois artistas baianos que trazem obras distintas e diversas e, juntos, apresentam o show “Cortes de Navalha”, em duas sessões no Gamboa. Enquanto Fatel tem em sua poesia as texturas áridas do norte baiano — o aboio embutido na voz —, Giovani traz toda a complexidade da metrópole sintetizada em sua poesia marginal e apaixonada. “O alvo da palavra aqui é, antes de tudo, a carne. O alumbramento, o pasmo, o arrebatamento, o rasgo. O que Fatel e Giovani miram quando cantam é a epiderme. Que a carne sinta antes que o cérebro entenda: como são os Cortes de Navalha” , define a dupla. Entradas R$20/R$40 .

O trabalho autoral de Spike retorna ao Gamboa nesta sexta-feira (21), às 19h. Influenciado pela música negra do samba rock, samba funk, sambalanço, tradições percussivas baianas e os ritmos afro-brasileiros do Candomblé, apresenta o show “O Baile da Nêga”. Trata-se de uma celebração das raízes dos bailes negros dos anos 70 e 80, em um repertório que une clássicos da música negra com composições autorais. Músico, Spike atuou como guitarrista ao lado de artistas como Peu Meurray, Magary Lord e Luedji Luna. Recentemente, dividiu o palco com Majur, no show “Ojunifé”, e foi responsável pela direção musical de festivais como AFROPUNK BAHIA, consolidando-se como um nome versátil e criativo na cena artística brasileira. Entradas R$20/R$40 .

Sábado (22) e domingo (23), às 17h, o Coletivo das Liliths retorna ao espaço cultural dentro do projeto Ocupação Gamboa com os solos “Habitei Cantos que Poderiam no Máximo ser Frequentados” e “A Cidade dos Pequenos Causas”, respectivamente. No primeiro, a atriz Gabriela Vasconcelos é uma escritora, uma vendedora de palavras que confunde os romances que escreve com suas histórias pessoais, e acaba por resgatar lembranças de perdas familiares. No segundo, o ator Davi Dias conhece um guia que apresenta as melhores e piores histórias de moradores de uma pacata cidade. Os espetáculos fazem parte de “Solos Flutuantes”, projeto criado pelo ator e professor baiano Thiago Carvalho, quando embarcou para a capital federal para passar uma temporada como professor substituto na Universidade de Brasília (UnB). Entradas R$15/R$30 .

Os ingressos para cada apresentação estão à venda na bilheteria do teatro a partir das 15h do dia do espetáculo, ou antecipadamente no https://teatrogamboa.com.br/ . Há ainda a opção de assistir aos programas de forma on-line, com transmissão na plataforma virtual do Gamboa, com venda também pelo site. Antes de cada apresentação, o público poderá conferir, no CineGamboa , o clipe da música “Medo do Fim”, do cantor e compositor mineiro Gustavo Fraga, em uma narrativa que traz a ideia de um sujeito que está preso dentro dos seus pensamentos, dos seus desejos, e tenta fugir de si mesmo, deste lugar que ele não quer acessar.
Exposição
A exposição processual “Literato – Entre papéis e palcos” segue em cartaz até o fim do mês na galeria Jayme Figura, no foyer do Teatro Gamboa. Idealizada por Lucianna Ávila e produzida por Kívia Kiara, a mostra tem o desejo de apresentar ao público o processo criativo e de desenvolvimento de livros infantis, trazendo como protagonistas as etapas da produção literária, além das obras finalizadas. Os livros expostos são de autoria da escritora e contadora de histórias Lucianna Ávila, com músicas de Marcos Bezerra e ilustrações dos artistas visuais Tamires Lima, Jéssica Silva, Bruno Aziz, Emy Morais e André Gustavo.