“Meninas Contam a Independência”: Indicada ao Prêmio Bahia Aplaude, peça infantil volta a cartaz neste final de semana

Duas atrizes descobrem um misterioso jogo de tabuleiro e embarcam numa divertida jornada rumo ao resgate da memória de mulheres da História do país. “Meninas Contam a Independência” é uma “peça-jogo”, um espetáculo lúdico, interativo e imprevisível como todo jogo de tabuleiro. A única certeza é que muitas histórias serão vendidas sobre as heroínas da Independência do Brasil na Bahia. Personagens como Joana Angélica, a Cabocla, Maria Felipa, Maria Quitéria e Urânia Vanério fazem parte das histórias, desafios e enigmas deste jogo no qual todo mundo sai ganhando em conhecimento. “Meninas Contam a Independência” é uma montagem do grupo de teatro A Panacéia, que acaba de ser indicada ao Prêmio Bahia Aplaude (antigo Prêmio Braskem), na categoria de melhor espetáculo infantojuvenil. O público pode conferir a peça neste domingo (30), em duas apresentações, às 11h e 15h, no Cineteatro 2 de Julho. Os ingressos disponíveis estão no Sympla , no valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), ou R$ 40 na casadinha Adulto + Criança.
As jogadoras dessa peça-jogo são as atrizes Ana Luisa Fidalgo e Márcia Limma, e a terceira personagem é interpretada pela atriz mirim Marina Fidalgo, de nove anos, que empresta sua voz para dar vida a Urânia Vanério. “Essa personagem histórica era uma criança na época das lutas pela Independência, e a gente quis trazer ela também na voz de uma criança que percorre toda a peça e conduz o jogo”, explica Camila Guilera, que assina a dramaturgia junto com Ana Luisa. Urânia Vanério foi uma baianinha muito calorosa que, em fevereiro de 1822, com apenas dez anos de idade, escreveu aquele que é considerado um dos mais radicais panfletos pró-independência, intitulado “Lamentos de uma Baiana”. Além de resgatar e divulgar as histórias das personagens femininas da Independência da Bahia, o espetáculo provoca a reflexão do público sobre a invisibilização das mulheres na História. Com direção de Lara Couto, a montagem é concebida e realizada apenas por mulheres, são 26 artistas e profissionais envolvidos em todas as etapas de criação e produção.
Sobre o grupo A Panacéia – Foi criado em 2008 com o objetivo de ser um espaço exclusivamente feminino de atuação artística. Em 2010, o grupo estreou seu primeiro espetáculo, “Dorotéia”, texto de Nelson Rodrigues e direção de Hebe Alves, que ganhou o “Prêmio por Inovação e Criatividade” do festival Teatranly Koufar, em Minsk, na Bielorrússia. Entre 2012 e 2015, desenvolveu o projeto “A Face Oculta da Lua”, que investigava arquétipos relacionados ao universo feminino. Entre 2018 e 2019, o grupo criou “EU PAGU”, que contornou com a diretora convidada Letícia Bianchi. A partir daí, aprofundou-se uma investigação sobre mulheres da História, surgindo o espetáculo “Filipa”, que narra a trajetória de uma mulher que foi vítima da Inquisição em Salvador do século XVI; a montagem “200+1 – As Heroínas da Independência” e “Meninas Contam A Independência”.
SERVIÇO
Espetáculo “Meninas Contam a Independência”
Dia: 30 de março (domingo) – 11h e 15h
Local: Cineteatro 2 de Julho, Federação
Ingressos: Disponíveis no Sympla
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Adulto + criança R$ 40 (casadinha)